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Poema: Utopia
Poeta e Voz: Arielly Barth Dourado
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“Cansada dos sonhos e das utopias, de viver apenas existindo.
Cortes vermelhos, e vergões roxos são apenas marcas que guiam o caminho que meu espírito trilhou.
O que esperar do futuro se nem mesmo quero estar no presente?!
Tanta gente sente o mundo desabar e acaba o dia por desejar o fim que chega tão devagar.
Olhos fundos que procuram a profundeza de dias pesados, para neles não se afogar.
O mundo é relapso e não tem memória a longo prazo.
O que comove hoje amanhã já não mais lembrado.
A gente sangra, a beira de morrer entregue ao marasmo. De que adianta os gritos a plenos pulmões, se hoje são tantos berros…… Que talvez tenhamos ficados surdos.”
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