Florbela Espanca – Sem Remédio | Poesia Portuguesa #SetembroAmarelo

Florbela Espanca, batizada como Flor Bela Lobo, e que opta por se autonomear Florbela d’Alma da Conceição Espanca, foi uma das mais importantes poetas portuguesas. Nasceu em 1894 e faleceu em 1930, aos 36 anos de suicido.

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Florbela Espanca – Sem Remédio

Aqueles que me têm muito amor

Não sabem o que sinto e o que sou…

Não sabem que passou, um dia, a Dor

À minha porta e, nesse dia, entrou.

E é desde então que eu sinto este pavor,

Este frio que anda em mim, e que gelou

O que de bom me deu Nosso Senhor!

Se eu nem sei por onde ando e onde vou!!

Sinto os passos de Dor, essa cadência

Que é já tortura infinda, que é demência!

Que é já vontade doida de gritar!

E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio,

A mesma angústia funda, sem remédio,

Andando atrás de mim, sem me largar!

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Poema: Sem Remédio

Poeta: Florbela Espanca

Voz: Jéssica Iancoski | @euiancoski

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