Neide Archanjo estreou em poesia em 1964, com “Primeiros Ofícios da Memória”. Tem outros sete livros publicados em várias editoras, premiação da APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) em 80 e indicação para o prêmio Jabuti em 95 (“Tudo é Sempre Agora”, ed. Maltese). Assessora do Departamento Nacional do Livro, Neide Archanjo é bastante atuante em mesas-redondas e apresentações de poesia em todo o Brasil, dentro de um panorama recente que se configura quase como um movimento informal de revitalização da produção e amostragem poéticas. Entusiasta do contato direto com o público, que ela se refere como “opção política”, criou nos anos 69/70 os “Varais de Poesia” e o movimento “Poesia na Praça”, com os poetas Ilka Brunhilde, José Luís Archanjo, Álvaro de Farias e outros Na feira hippie da Praça da República e em cafés do centro de São Paulo pendurava-se e declamava poemas sobre fatos acontecidos na véspera.
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Neide Archanjo — Poema Diferente
Alguém vai querer este poema diferente
como já me quiseram diferente
do que penso e do que sou.
Concordo. Seria mais fácil compor
cara e poema ao gosto de todos
sem interferências pessoais.
Como também seria mais fácil
não amar o que amo
não ser o que sou
não fazer o que faço.
Mas, por acaso, já perceberam
que estamos tentando juntos
a experiência funda
da vida
e que isso dói, machuca
e incomoda?
Já perceberam?
(Tudo é sempre Agora – 1994)
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Poema: Sem título
Poeta: Neide Archanjo
Voz e Seleção: Neusa Doretto | @neusa_doretto
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