João de Deus Souto Filho — Verso | Poesia Contemporânea

João de Deus Souto Filho, natural de Carolina-Ma.Resido em Natal-RN. Geólogo, bacharel em Letras e escritor. Obras publicadas: Haikais e Versos Mínimos (2007); 400 Haikais para Natal (2011); Tempus – fluir, dizer, fruir (2013). Antologias: Seleção de Poetas Notívados(2001); Escrita Brasileira – Volume II (2001); Os mais belos Poemas de Amor (2008); Uma Poesia Para Cada Dia, Lura Editorial (2021).

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João de Deus Souto Filho — Verso

Hoje é dia de soltar o verso,
desatar o nó, abrir as algemas,
janelas, portas.
Sair das masmorras,
livre ser.
Que o verso exige liberdade,
vontade de voar,
coragem de voar,
que os medrosos não voam
ou não se permitem voar
e versejar é trabalho custoso,
mental trabalhar,
de colher frações de ideias fugidias,
furtivo imaginar.
Trabalho de ferreiro
que martela a palavra sem pressa,
na certeza de vê-la moldada,
transformada, ajustada ao molde, que lhe cabe,
ao mutante molde
que só aceita a palavra em condição especialíssima,
sem folga, sem sobras,
ajuste mais que perfeito,
único, singular, intransferível.
A cada martelada uma possível coisa ser,
uma centelha que pode não resistir à martelada seguinte:
que a palavra é ideia viva,
vívida, pulsar de ideias,
incerteza, dúvida, eterno buscar:
matéria-ideia em transformação;
a volta completa de um peão;
o bater de asas de uma frágil borboleta;

(…)

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Poema: Verso
Poeta: João de Deus Souto Filho
Voz: Jéssica Iancoski
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