Diogo Borges é poeta, contador de histórias, arte educador e gestor cultural. Nasceu em Barra do Piraí, em março de 1980, e mudou-se para o Rio de Janeiro em 1997 para estudar teatro na Casa das Artes de Laranjeiras. Formou-se em Letras e tem pós-graduação em Literatura e Arte pela PUC-Rio e Narração Artística pela Casa Tombada – São Paulo. Estranha Língua é o seu segundo livro de poesia.
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Diogo Borges – Coreografias
I.
para dançar na pele
uma coreografia da língua
termine íntimo o tato
que desborde a calma
e desalinhe a cama
se lá fora a chuva fina
aduba a manhã
dentro o afeto rima
e adormece o corpo
sobre a trama
depois do almoço
um café e toda a tarde
conhecendo a geografia desse corpo
a dança das mãos batendo as cinzas
um sorriso torto
o olhar querendo a noite na retina
II.
para dançar na língua
uma coreografia da pele
a palavra seja o fogo
que comece no poema
a liberdade de soltar escama e crina
se o touro à noite se levanta
arrebenta e cerca
arde em chamas
queima o pasto da palavra
que rumina
depois da noite
o vento atiça os cabelos
no despenhadeiro da madrugada e faz feitiço
essa coisa de dançar
embaraça
e dá viço
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Poema: Coreografias
Poeta: Diogo Borges
Voz: Jéssica Iancoski
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