Paul Verlaine – As mãos | Especial Halloween: Poetas Malditos

Paul Verlaine foi um poeta da segunda metade do século XIX, considerado um dos mais importantes do simbolismo francês. Seu lirismo musical exerceu influência decisiva no desenvolvimento do simbolismo e abriu novos caminhos para a poesia francesa. Não raro, os temas de seus poemas têm uma conotação mórbida e uma nota de melancolia. Nasceu em 1844 e faleceu em 1896.

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Paul Verlaine – As mãos

As mãos que foram minhas, mãos

Tão bonitas, mãos tão pequenas,

Após tanto equívoco e penas,

Tantos episódios pagãos.

Após os exílios medonhos,

Ódios, murmurações, torpezas,

Senhoris mais do que as princesas

As caras mãos abrem.me os sonhos.

Mãos no meu sono e na minh’alma,

Pudera eu, ó mãos celestes,

Adivinhar o que dissestes,

A est’alma sem pouso nem calma!

Mente-me acaso a visão casta

De espiritual afinidade,

De maternal cumplicidade

E afeição estreita e vasta?

Caro remorso, dor tão boa,

Sonhos benditos, mãos amadas,

Oh essas mãos, mãos consagradas,

Fazei o gesto que perdoa!

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Poema: As mãos

Poeta: Paul Verlaine

Tradução: Manuel Bandeira

Voz: Jéssica Iancoski | @euiancoski

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