Evandro Valentim de Melo – Número primo que não deu certo | Poesia Geopolítica Ambiental

Poema de Evandro Valentim de Melo – Número primo que não deu certo, presente na nossa antologia Chorando Pela Natureza: Poesia Geopolítica Ambiental. Leia de Graça.

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Evandro Valentim de Melo – Número primo que não deu certo

Somar dez mais sete só podia resultar errado

Cada vez mais o agronegócio extermina o Cerrado

Gananciosos flagelam a Amazônia

Passam bois, passam boiadas sem cerimônia

Reservas indígenas para o Capitão

Significam empecilhos à mineração

Chamas criminosas incendeiam o Pantanal

Para o agronegócio, algo banal

E o que dizer da minúscula Mata Atlântica?

Preservá-la não é questão semântica

Trocar floresta por selva de pedra é humana bestialidade

Cegueira conveniente para ignorar a sustentabilidade

Mesmo a sofrida Caatinga

Nada se faz para impedir que se extinga

Lá no extremo sul do mapa, o Pampa

Igualmente invisível à autoridade que subiu certa rampa

Para todos os biomas, resiliência

Para nós, no momento do voto, inteligência!

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Poema: Número primo que não deu certo

Poeta: Evandro Valentim de Melo

Voz: Jéssica Iancoski | @euiancoski

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