Bocage – Vai-te, Fera Cruel | Poesia Portuguesa

Manuel Maria de Barbosa l’Hedois du Bocage foi um poeta nacional português e, possivelmente, o maior representante do arcadismo lusitano. Nasceu em 1765 e faleceu em 1805, aos 40 anos de aneurisma.

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Bocage – Vai-te, Fera Cruel

Vai-te, fera cruel, vai-te, inimiga,

horror do mundo, escândalo da gente,

que um férreo peito, uma alma que não mente,

não merece a paixão, que afadiga:

O céu te falte, a terra te persiga,

negras fúrias o Inferno te apresente,

e da baça tristeza o voraz dente

morda o vil coração, que Amor não liga:

Disfarçados, mortíferos venenos

entre licor suave em áurea taça

mão vingativa te prepare ao menos:

E seja, seja tal tua desgraça,

que ainda por mais leves, mais pequenos

os meus tormentos invejar te faça.

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Poema: Vai-te, Fera Cruel

Poeta: Bocage

Voz: Jéssica Iancoski | @euiancoski

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