Camillo Ferreira Botelho Castello Branco foi um escritor português, romancista, cronista, crítico, dramaturgo, historiador, poeta e tradutor. Foi ainda o 1.º Visconde de Correia Botelho, título concedido pelo rei D. Luís. Nasceu em 1825 e morreu em 1890, aos 65 anos de suicídio.
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Camilo Castelo Branco – Alma Atribulada
O’ alma atribulada, corta o laço
da torva angústia que te cinge à vida!
Vai, foge para Deus, ou para o espaço…
Ou nada ou Deus, que importa? eis-te remida.
Não tiveste na vida um dia escasso
de paz e de alegria! Escurecida
te foi sempre a existência, desvalida,
e cortada de abismos, passo a passo.
Vai! Não leves saudades do que deixas.
Se a fé em melhor mundo te preluz,
alma gemente, por que assim te queixas?
Desprende-te, a sorrir, da horrenda cruz
em que tanto penaste! Os olhos fechas?
Abre os d’alma, e verás que infinda luz.
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Poema: Alma Atribulada
Poeta: Camilo Castelo Branco
Voz: Jéssica Iancoski | @euiancoski