Kaê vive e trabalha no Rio de Janeiro/RJ. É indígena do povo Guajajara, cantora, compositora, escritora e arte educadora. Vem tecendo uma linha entre ancestralidade e futurismo indígena, usando sua voz como forma de arte para conscientizar sobre o racismo, o preconceito e a invisibilidade dos povos originários.
>> Por 5,99 você aceita um adicional de Soneto para acompanhar? Apoie o projeto! =P
https://www.amazon.com.br/dp/B08DJ61J4R/
Música: Território Ancestral
Compositores: Patrick Dias Couto / Kaê Guajajara | @kaeguajajara
Voz: Jéssica Iancoski | @euiancoski
Use #tomaaiumpoema
Siga @tomaaiumpoema
Alô mãe, você sente minha falta?
Por que eu também sinto falta de mim
Alô mãe, canta que o corpo transpassa o tempo
E nos faz resistir
Deixei meu cocar no quadro
Retrato falado, escrevo daqui
Num apagamento histórico
Me perguntam como eu cheguei aqui
A verdade é que eu sempre estive
Vou te contar uma história real
Um a um morrendo desde os navios de Cabral
Nós temos nomes, não somos números
Pra me manter viva, preciso re-existir
Dizem que não sou de verdade
Que não deveria nem estar aqui
O lugar onde vivo me apaga e me incrimina
Me cala e me torna invisivel
A arma de fogo superou a minha flecha
Minha nudez se tornou escandalizacao
Minha língua mantida no anonimato
Kaê na mata, Aline na urbanização
Mesmo vivendo na cidade
Nos unimos por um ideal
Na busca pelo direito
Território ancestral
Vou te contar uma história real
Pindorama (território ancestral)
Brasil (tekohaw tekohaw)
Demarcação já!
No território ancestral
Descubra mais em www.jessicaiancoski.com
Está servido? Fique! Que tal mais um poeminha?
___
>> Quer ter um poema seu aqui? É só preencher o formulário!
Após o preenchimento, nossa equipe entrará em contato para informar a data agendada.
https://forms.gle/nAEHJgd9u8B9zS3u7
CONTRIBUA! =P
>> Formulário para Indicação de Autores, contribuição com declames, sugestões (…)!