Sérgio Vaz – Poema Samba dos Desencontros | Poesia Contemporânea

Sérgio Vaz é um poeta brasileiro. Promoveu em 2007 a Semana de Arte Moderna da Periferia, inspirada na Semana de Arte Moderna de 1922. Criou outros eventos, como a Chuva de Livros; o Poesia no Ar, em que papeis com versos são amarrados a balões de gás e soltos no ar; e o A joelhaço, em que homens se ajoelham na rua para pedir perdão às mulheres no Dia Internacional da Mulher. Foi escolhido pela revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes de 2009. Nasceu em Minas Gerais em 1964, atualmente tem 56 anos.

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Poema: Samba dos Desencontros

Poeta: Sérgio Vaz

Voz: Moema Andreia

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“Estava em ti vazio

você perdida de mim

e nesses encontros

e desencontros

nos perdemos nós dois.

Tudo que era caminho antes

foi se tornando deserto depois

fomos construindo pontes

que viraram muros entre nós dois.

Os beijos viraram insultos

quando os braços eram exílio

nossos corpos meros vultos

onde era lar virou domicilio.

Sussurros foram virando palavras

cuspidas como praga diária

do vulcão dos dias só sobrou a lava

não era liberdade, era penitenciária.

Com o coração no fundo do poço

te mando um recado

sei que hoje sou estrangeiro

que não fui bom moço

e que o futuro é ligeiro,

mas tudo de novo passava ao teu lado.”

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