Pedro Mexia – Poema Pó | Poesia Portuguesa

Pedro de Magalhães Mexia Bigotte Chorão é um poeta, cronista e crítico literário português. Em 2015 e 2016 foi jurado do Prémio Camões. Em 2019, a ópera Canção do Bandido venceu o Prémio Autores na categoria Melhor Trabalho de Música Erudita. Em 2019, Lá Fora venceu o Grande Prémio de Crónica da Associação Portuguesa de Escritores. Em 2020, Imagens Imaginadas esteve entre os livros semi-finalistas do Prémio Oceanos. Nasceu em 1972, atualmente esta com 48 anos.

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Poema: Pó

Poeta: Pedro Mexia

Voz: Jéssica Iancoski | @euiancoski

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Nas estante os livros ficam

(até se dispersarem ou desfazerem)
enquanto tudo
passa. O pó acumula-se
e depois de limpo
torna a acumular-se
no cimo das lombadas.
Quando a cidade está suja
(obras, carros, poeiras)
o pó é mais negro e por vezes
espesso. Os livros ficam,
valem mais que tudo,
mas apesar do amor
(amor das coisas mudas
que sussurram)
e do cuidado doméstico
fica sempre, em baixo,
do lado oposto à lombada,
uma pequena marca negra
do pó nas páginas.
A marca faz parte dos livros.
Estão marcados. Nós também.”

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