Joaquim de Sousa Andrade, mais conhecido por Sousândrade, foi um escritor e poeta brasileiro. Resgatada no início da década de 1960 pelos poetas Augusto de Campos, Haroldo de Campos e Décio Pignatari revelou-se uma das obras mais originais e instigantes de todo o nosso Romantismo, precursora das vanguardas históricas. Nasceu em 1833 e faleceu em 1902.
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Sousândrade – Minha Irmã
Eu anoiteço; qual as flores morrem,
Meus dias correm para o fim da vida;
Sinto no peito o coração tão frio,
Em pleno estio, minha irmã querida!
Porém, que vale? de ouro amor espero,
Melhor, sincero as c´oroas de saudade,
De ardente pranto, quando os olhos chorem
Dos que me forem visitar à tarde:
Eu sei que irás; e pela mão levando,
Deus! e brincando co´a filhinha-amor!
Dize-lhe: seja a filial ternura,
Alama e candura, em que descanse a dor!
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Poema: Minha Irmã
Poeta: Sousândrade
Voz: Jéssica Iancoski | @euiancoski
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