Paul Celan – Poema Corona | Literatura Mundial

Paul Celan, pseudônimo de Paul Pessakh Antschel ou Paul Pessakh Ancel foi um poeta, tradutor e ensaísta romeno radicado na França. Sobrevivente do Holocausto, Celan é considerado um dos mais importantes poetas modernos de língua alemã. Nasceu em 1920 e suicidou-se por afogamento, no rio Sena, em 1970, aos 49 anos.

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Poema: Corona

Poeta: Paul Celan

Voz: Jéssica Iancoski | @euiancoski

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Da minha mão o outono come sua folha: somos amigos.
Descascamos o tempo das nozes e o ensinamos a andar:
o tempo volta à casca.

No espelho é domingo,
no sonho se dorme,
a boca fala a verdade.

Meu olho desce ao sexo da amada:
olhamo-nos,
dizemo-nos o obscuro,
amamo-nos como ópio e memória,
dormimos como vinho nas conchas,
como o mar no raio-sangue da lua.

Ficamos entrelaçados à janela, eles nos olham da rua:
está na hora de saber!
Está na hora da pedra começar a florescer,
de um coração golpear a inquietude.
Está na hora de ser hora.

Está na hora.

– Paul Celan, em “Cristal”. Paul Celan. [seleção e tradução Claudia Cavalcante]. São Paulo: Iluminuras, 1999.

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