Casimiro de Abreu nasceu no Rio de Janeiro em 1839 e viveu até 1860, aos 21 anos, de tuberculose.
Poema: Saudades
Autor: Casimiro de Abreu
Voz: Jéssica Iancoski / @Euiancoski
Descubra mais em www.jessicaiancoski.com
Nas horas mortas da noite
Como é doce o meditar
Quando as estrelas cintilam
Nas ondas quietas do mar;
Quando a lua majestosa
Surgindo linda e formosa,
Como donzela vaidosa
Nas águas se vai mirar!
Nessas horas de silêncio,
De tristezas e de amor,
Eu gosto de ouvir ao longe,
Cheio de mágoa e de dor,
O sino do campanário
Que fala tão solitário
Com esse som mortuário
Que nos enche de pavor.
Então — proscrito e sozinho —
Eu solto aos ecos da serra
Suspiros dessa saudade
Que no meu peito se encerra.
Esses prantos de amargores
São prantos cheios de dores:
— Saudades — dos meus amores,
— Saudades — da minha terra!
1856
Publicado no livro As primaveras (1859). Poema integrante da série Livro I.
In: GRANDES poetas românticos do Brasil. Pref. e notas biogr. Antônio Soares Amora. Introd. Frederico José da Silva Ramos. São Paulo: LEP, 1959. v.1
____
►► Leia o meu Livro de Poesias no Kindleunlimited e ajude a apoiar este projeto https://bityli.com/LhO2L
____
Você é escritor? Que tal ter o seu poema aqui? 🙂
Me procure no Instagram ou no meu e-mail, vamos agilizar isto!
@Euiancoski
jeiancoski@gmail.com