Poema de Estefânia Tábata – Abandono de Incapaz, presente na nossa antologia poética Infâncias. Leia de Graça.
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Estefânia Tábata – Abandono de Incapaz
Abandono, se quando olho em volta é tudo que vejo
Seja das pessoas, ou consigo mesmo.
Tudo que sinto é dor de ser abandonada, de ver um virar de costa.
Enquanto que meu braço pende, a implorar por mais um abraço e o embalar.
Porque não sou brinquedo, ou será que sou?
Se posso ser abandonada, então não passo de um brinquedo descartável
Mas na verdade, o que sou?
Uma criança, que caiu pelas frestas do sistema
A criança esquecida e abandonada
Pela mãe, que não tinha condições
Pelo pai, que não queria responsabilidade
E pela Sociedade, que a rotulou
Como ser inferior, não digno de atenção
E dois caminhos se abrem, e não escolher, é morrer
Olho para um, vejo a vingança em cada passo
Olho para outro, vejo a mentira pesar em meus futuros ombros
Então me resta a escolha
Viver e aceitar o meu passado
Ao fingir que o abandono não me afeta
Ou Viver e Aceitar o Abandono
Enquanto que vivo e respiro a vingança
Só que quanto mais olho, eu chego à conclusão
Que só me resta não escolher, porque prefiro morrer
Sendo uma boneca abandonada, do que no final não me reconhecer
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Poema: Abandono de Incapaz
Poeta: Estefânia Tábata
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