BEATRIZ ROCHA é historiadora formada pela UNICAMP e poeta em trânsito entre São Paulo e Minas Gerais. Tem experiências em educação popular, pesquisa, curadoria em artes visuais e consultoria cultural. Já publicou poemas e contos na Revista Desvario e Revista toró, respectivamente. Nasceu com a alma virada do avesso, sempre se perdendo atrás do que é bonito. A Mulher Grande (Editora Urutau, 2021) é seu primeiro livro. Conheça a Revista Cassandra.
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Beatriz Rocha – O Frio Na Espinha
O frio na espinha
percorre o insone estranho urbano homem
Entre a soma de um sem número de ruas que aparecem num sonho
labirinto numa cidade esquecida
Pompeia qualquer perdida entre sinapses
Se perde nas ruelas
nas casas antigas
O que há é a noite
(mais uma vez)
as vielas estreitas
o som dos bares de um mundo que não mais existe
O mistério do medo do desconhecido do prazer
dos olhares furtivos
dos segundos mágicos entre tirar as roupas e deitar-se sobre alguém
do breve instante em que as mulheres abrem e fecham suas pernas
O que há é a noite
sempre
e mais uma vez
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Poema: O Frio Na Espinha
Poeta: Beatriz Rocha
Voz: Jéssica Iancoski | @euiancoski