Mariana Xavier é mulher, mãe e gente. E leão. Professora, historiadora especialista em Gênero e Sexualidade, escreve desde quando consegue se lembrar viva. É autora dos livros “Ínfimo” e “Quebranto”, publicados pela Macabéa Edições. Mas é mesmo mulher, mãe e gente. E leão.
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Poema: Mariana Xavier
Poeta: A solidão é abstinência corroendo os poros
Voz: Jéssica Iancoski | @euiancoski
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“A solidão é esôfago ardente. Refluxo quente. Piloro tampado. Bile atravessando as paredes depois de um murro na boca do estômago. Redução do estômago. Gastrite. Gastroenterite. Gengivite. Apendicite. Pancreatite. Afta na ponta da língua. Arrepio na ponta da espinha. Injeção peridural. Tremedeira pós-anestesia. Tremedeira ansiosa. Tremedeira ansiosa rebordosa. Arrepio hipotérmico. Bala Toffee milimetricamente encaixada na garganta. Antibiótico em jejum. Secnidazol arrastando pela língua. Náusea, vertigem e zunido de labirintopatia. Siso rasgando a gengiva. Falha nos rins. Diálise. Plaquetopenia. Colecistectomia. Paralisação do fígado. Digesan direto na veia. Abstinência. Solidão é abstinência. A solidão é abstinência corroendo os poros.”
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