Florbela Espanca foi uma poetisa portuguesa. Ela nasceu em 1894 e se suicidou em 1930, aos 36 anos. Sua vida foi plena, embora tumultuosa, inquieta e cheia de sofrimentos íntimos – os quais soube transformar em poesia da mais alta qualidade, carregada de erotização, feminilidade e panteísmo.
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Autor: Florbela Espanca
Poema: Fanatismo
Voz: Jéssica Iancoski / @Euiancoski
“Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver !
Não és sequer a razão do meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida !
Não vejo nada assim enlouquecida …
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida !
“Tudo no mundo é frágil, tudo passa …”
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim !
E, olhos postos em ti, digo de rastros :
“Ah ! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus : Princípio e Fim ! …” “
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